sábado, 25 de abril de 2015

"GLOBO 50 ANOS - O QUE COMEMORAR?"


“A GLOBO É A RESPONSÁVEL PELO NÃO APROFUNDAMENTO DA DEMOCRACIA NO BRASIL”

ENTREVISTA COM LAURINDO LALO LEAL FILHO, PROFESSOR DA USP.
Por Rafael Tatemoto

Laurindo Lalo Leal Filho é professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Seu principal objeto de estudo tem sido a análise de políticas públicas de comunicação, em especial para a televisão. Publicou, entre outros, os livros “Atrás das Câmeras: relações entre Estado, Cultura e Televisão” e “A melhor TV do mundo: o modelo britânico de televisão”. Hoje, apresenta o programa VerTv, exibido pela TV Brasil e é colunista do site Carta Maior.
Nessa entrevista para o Brasil de Fato, parte da cobertura especial “Globo 50 anos – O que comemorar?”, Laurindo falou sobre a história da emissora, os interesses que ela representa e como sua atuação se torna um obstáculo à ampliação da liberdade de expressão em nosso país.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

SOU PROFESSORA. ESTOU EM GREVE. E EXPLICO O PORQUÊ!

Data: 23 abr 2015


Fotos Mídia Ninja

Sou professora do Estado de SP desde 2009. E já mergulhei na divisão em “categorias”. Entrei como “categoria L”, ou seja, não-concursada, e pegava apenas aulas que “sobravam” dos efetivos.
Essa categoria não existe mais, foi substituída pela “categoria O”, onde está a maioria dos contratados. A categoria “O” é o que há de mais precário na rede: só pode ter duas faltas por ano, não tem direito a usar a assistência médica do estado (Iamspe), não tem direito à aposentadoria profissional (SPPrev), após um ano de contrato deve cumprir “geladeira” por 40 dias, e após dois anos de contrato deve cumprir a “duzentena” (200 dias sem poder pegar aula, ou seja, quase um ano forçadamente desempregado). Nessa situação de “O”, estão “só” cerca de 50 mil professores da rede estadual. Como alguns colegas me disseram: para o governo, “somos uma sopa de letrinhas”.
Está bom ou quer mais? Tem mais.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

DEPUTADOS PIAUIENSES QUE VOTARAM A FAVOR DA TERCEIRIZAÇÃO




















A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira 22, por 230 votos a favor e 203 contra, emenda aglutinativa alterando alguns pontos do projeto que regulamenta a terceirização, o PL 4.330/04. A emenda manteve no texto-base a possibilidade de terceirizar a atividade-fim, o que permite que empresas possam subcontratar para todos seus setores de atividade.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

MÍDIA E ESTADO DE EXCEÇÃO

Por Marcio de Souza Castilho, em 14/04/2015 na edição 846.

A aprovação da proposta de emenda constitucional que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, exige uma profunda reflexão sobre o papel dos meios de comunicação na cobertura jornalística sobre jovens acusados de autoria de atos infracionais. Como jornais e revistas percebem a situação de crianças e adolescentes em conflito com a lei diariamente em suas narrativas? Qual o tipo de agendamento produzido pela mídia e sua relação com o fortalecimento de medidas autoritárias e soluções de força por parte do poder público? Será que a imprensa tradicional está conseguindo provocar uma reflexão crítica sobre o tema ou apenas contribui para banalizá-lo?

segunda-feira, 13 de abril de 2015

AMÉRICA LATINA PERDE EDUARDO GALEANO


O escritor e jornalista uruguaio, autor de livros emblemáticos como “As veias abertas da América Latina”, “Memória do Fogo” e “O Livro dos Abraços”, faleceu nesta segunda-feira, 13 de abril, em Montevidéu, aos 74 anos. O juri que lhe entregou o doutorado honoris causa da Universidade de Havana, em 2001, o definiu como “um recuperador da memória real e coletiva sul-americana e um cronista do seu tempo”.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

13 RAZÕES PARA NÃO REDUZIR A MAIORIDADE PENAL

“Queremos justiça ou vingança?”

O debate sobre a redução da maioridade penal é muito complexo. Não porque seja difícil defender a inconsequência e a ineficácia da medida enquanto solução para os problemas da violência e criminalidade. Mas, principalmente, por ter de enfrentar um imaginário retroalimentado pela grande mídia o tempo todo e há muitos anos, que reafirma: há pessoas que colocam a sociedade em risco. Precisamos nos ver livres delas. Se possível, matá-las. Ou ao menos prendê-las, quanto mais e quanto antes.
Em sala de aula, ver adolescentes defendendo a prisão e a morte para seus iguais dói. Mas é possível reverter esse pensamento. “Queremos justiça ou vingança?”, é a pergunta que mais gosto de fazer. (Do Movimento 18 razões)