Foto: ativistas protestam
pelo fim da ocupação estadunidense e a independência do Havaí.
Havaí (Diário Liberdade) – Os povos originários dos
estados do Alasca e do Havaí reivindicam seu direito à autodeterminação e
independência em relação aos Estados Unidos. Segundo eles, o governo
estadunidense anexou ilegalmente esses dois territórios, violando tratados e
leis internacionais, e atualmente suprime suas manifestações culturais e
prejudica o meio ambiente.
Vários representantes dos esquimós e dos aleútes (povos
nativos do Alasca) e dos polinésios (Havaí) trabalham para que sua voz seja
ouvida pelo governo dos EUA e pela ONU. Já realizaram uma petição no site da
Casa Branca e, no começo de maio, solicitaram às Nações Unidas que estude a
questão da anexação ilegítima dessas regiões por parte dos EUA.
Em um comunicado na ONU, foi explicado que “em 1959
(quando eles foram considerados estados com plenos direitos) foram absorvidos
pelos EUA por meio de fraude e violação deliberada dos princípios da ONU e o
processo de livre determinação”, solicitando que se “corrija o erro”.
“Os EUA tomaram nossa terra, extraem em enormes
quantidades os recursos naturais, prejudicando o meio ambiente”, disse, citado
pela agência Sputnik, o representante do Alasca na Aliança do Alasca e do Havaí
pela Autodeterminação, Ronald Barnes.
O cientista político Francis Boyle explicou ao canal RT
que o tratato entre o Império Russo e os Estados Unidos assinado em 1867 jamais
significou a venda do Alasca ao país americano. “O que venderam foi os direitos
de comércio, os convênios mercantis que eles tinham com os povos nativos do
Alasca”, disse.
Já Dennis Kanahele, chefe de Estado da nação independente
do Havaí, opina que os EUA “invadiram” o Havaí. “Foi uma derrocada ilegal.
Nossos territórios foram expropriados. Aquilo foi e segue sendo uma ocupação
militar.”
Para outro representante havaiano, Leon Siu, o governo
estadunidense destrói a cultura havaiana ao mesmo tempo em que ameaça a paz da
região e de todo o planeta. “A nossa cultura é esmagada. Porém a atividade dos
EUA não é somente dirigida contra a nossa cultura, mas também contra a paz no
nosso planeta, porque no Havaí situa-se a base militar de Pearl Harbour”,
disse, citado pela agência TASS. “Durante os treinamentos militares eles poluem
a nossa terra e água. As pessoas ficam doentes por esta razão… Não queremos ser
parte da máquina de guerra”, desabafou.
Os representantes dos povos do Alasca e do Havaí
asseguram que agirão dentro das normas do direito internacional. Além de
batalhar na ONU para que seus casos sejam analisados e resolvidos, eles também
aspiram realizar referendos nos seus territórios para apoiar suas
independências. Por parte do Alasca, esperam ainda contar com o apoio dos
russos para que a “fraude” da anexação seja esclarecida, já que a região passou
das mãos da Rússia para os EUA durante a segunda metade do século XIX.
(FONTE: IRÃ NEWS).
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