sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

ALCKMIN TROCOU A LOUSA PELA BOMBA DE GÁS?

ALCKMIN TROCOU A LOUSA PELA BOMBA DE GÁS?
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Ao perceber que lançar bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e spray de pimenta em adultos já não faz o mesmo efeito em manifestações de rua, o governo de São Paulo resolveu – baseado nas mais recentes metodologias educacionais – antecipar o processo de “educação para a cidadania''.
Por isso, a polícia militar está usando o mesmo armamento em atos com crianças e adolescentes que – em protesto contra o projeto que prevê o fechamento de escolas e a realocação forçada de alunos – estão ocupando ruas e unidades de ensino. Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma ação truculenta do governo. Pelo contrário: o uso de bombas é mais uma etapa do planejamento da Secretaria de Educação para economizar dinheiro público.
Primeiro, veio o anúncio do fechamento de escolas para reorganizar o sistema e, quiçá, terceirizar sua gestão no futuro.
Agora, inicia-se o condicionamento dos cidadãos, desde a mais tenra idade, para que temam seu governo ao invés de respeitá-lo. Isso vai gerar imensa economia futura na renovação dos estoques de bombas de fragmentação, gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha. Isso sem contar, as possibilidades de lucros ao ter uma população que diga “sim'' para tudo e encare o mundo de forma bovina – com todo o respeito aos bois e vacas, claro.
Afinal de contas, um adolescente que fique intoxicado com gás hoje, tossindo e vomitando os bofes, vai pensar duas vezes antes de ser um “subversivo'' amanhã. Vai ser um bom cidadão, aceitando as políticas e comprando produtos com um sorriso no rosto.
As bombas que voam hoje nos céus paulistanos garantem que este adolescente aprenderá várias lições preciosas:
Ir para a rua protestar é crime. Exigir educação de qualidade é crime. Querer participar das decisões sobre políticas públicas é crime. Questionar seu governo é crime. Gravar ações policiais em manifestações com o celular é crime. Não conhecer e respeitar o seu lugar na sociedade é crime. Pedir diálogo real (e não o simulacro oferecido pelo governo, que não aceita discutir seu projeto) é crime. Achar que educação, mais do que repetir palavras, é estar pronto para colocar em xeque a estrutura do próprio país é crime.
E, se aprender essas lições com cuidado e sabedoria, poderá passar para o próximo ciclo e compreender que ser pobre, negro e periférico também é crime por aqui.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

“A ROCINHA NÃO PRECISA DE TELEFÉRICO, MAS SIM DE SANEAMENTO BÁSICO”



“A Rocinha não precisa de teleférico, mas sim de saneamento básico”
Especialistas e moradores da Rocinha querem que o saneamento básico seja priorizado para acabar com doenças como a tuberculose
Vala de esgoto na Rocinha. / Victor Moriyama
 “Há 20 anos moro na Rocinha. Há 20 anos não sinto o cheiro da minha comida. Há 20 anos me deito todos os dias para dormir com esse cheiro de esgoto ao lado”. Assim resumiu uma moradora da favela da Rocinha um dos mais graves problemas urbanísticos desse território na zona sul do Rio de Janeiro: a falta de saneamento básico, que dissemina doenças e pode inclusive comprometer o desenvolvimento de uma criança em sua fase de crescimento. Grandes valas que concentram e misturam esgoto, lixo e ratos são os principais vizinhos dos mais de 100.000 habitantes dessa comunidade. Vivem lado a lado. Em uma das ruas principais na parte de baixo da Rocinha, um grande canal a céu aberto, conhecido como valão, recebe todo esse esgoto não tratado e o despeja na praia de São Conrado, localizada a poucos metros da comunidade.
Enquanto isso, moradores e entidades locais reclamam que o poder público prioriza gastar milhões em obras "midiáticas", como o teleférico previsto nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e similar ao do Complexo do Alemão. Especialistas argumentam que as obras para construção de uma rede de esgoto não apenas resolveria a questão da insalubridade, mas principalmente avançaria na urbanização de toda a comunidade: becos estreitos seriam transformados em ruas mais largas e famílias deixariam suas moradias precárias e seriam reassentadas. Permitiria, enfim, a entrada de luz solar e a circulação de ar pela favela, o que atacaria diretamente a alta taxa de incidência de tuberculose na região, de 372 casos por 100.000 habitantes.
"A remoção dos moradores daquelas grandes valas vai abrir espaço. Entra ar, entra sol, facilita a respiração. Cria condições básicas para que não haja tuberculose", explica Maria Maria Helena Carneiro de Carvalho, de 58 anos e diretora do Centro Municipal de Saúde (CMS) Dr. Albert Sabin, que levou questões sanitárias nos debates para urbanizar a Rocinha. A questão entrou com força na comunidade entre 2005 e 2007, quando o arquiteto Luiz Carlos Toledo ganhou o concurso do Estado para desenvolver um plano diretor para a comunidade. Instalou seu escritório no lugar e desenvolveu o plano junto com outros arquitetos e os próprios moradores.

A rua do "valão", na Rocinha. / Victor Moriyama
O plano diretor começou a ser aplicado nas obras do PAC 1, uma parceria entre o Governo do Estado e o Governo Federal lançado a partir de 2009. "Só que fizeram o que mais aparece: um complexo esportivo, uma passarela desenhada pelo Niemeyer, uma UPA, um conjunto habitacional… São importantes, mas o saneamento básico é mais importante que tudo isso", argumenta José Martins de Oliveira, líder comunitário de 68 anos e um dos fundadores do grupo Rocinha sem Fronteiras, que promove debates entre os moradores a respeito de seus direitos e deveres.
As obras do PAC 1 ainda não foram concluídas —falta terminar o mercado popular e um elevador num plano inclinado— e as obras de saneamento que estavam previstas ainda não foram nem iniciadas, explica Martins. No entanto, o Governo se apressou em anunciar em 2013 o PAC 2 e investimentos de 1,6 bilhão de reais para a comunidade. Foi quando começou a polêmica do teleférico: o Governo do Estado anunciou então a obra como uma solução para a mobilidade na Rocinha, ligando seus moradores inclusive às futuras estações de metrô na Gávea e em São Conrado
A Administração de Luiz Fernando Pezão (PMDB) não respondeu às perguntas enviadas pelo EL PAÍS. Em uma entrevista ao portal Brasil247 em outubro do ano passado, o governador afirmou: "O teleférico poderá transportar 3.000 passageiros/hora, fazendo com que o morador da parte alta chegue em oito minutos ao metrô (...) A maioria dos moradores e urbanistas aprovam o projeto. Com duas linhas e seis estações (uma interligada ao Metrô de São Conrado e outra ao bairro da Gávea), temos certeza que tornará mais rápido o deslocamento, o que contribuirá para a melhoria da qualidade de vida da população".
Luiz Carlos Toledo, arquiteto responsável pelo plano diretor, possui uma opinião diferente: "Pensar em teleférico antes de saneamento é uma estupidez. É trocar uma coisa importante para a saúde daquela população por uma obra midiática. É um absurdo", opina. Calcula-se que o teleférico custaria 700 milhões, mas o Governo do Estado tampouco confirmou e nem aclarou os valores.
Milhares de moradores se reuniram, ainda em 2013, em passeatas contra o projeto e até foi criada uma campanha da ONG Meu Rio para pressionar o Governo a desistir da ideia e investir no saneamento básico. Os que são contrários ao teleférico se baseiam na experiência do Complexo do Alemão: lá, foram investidos cerca de 600 milhões de reais no projeto que, segundo se calcula, removeu milhares de pessoas de suas casas, mas que é aproveitado apenas por 10% da população e possui um custo alto de manutenção —mais do que arrecada por mês. "O saneamento também removeria gente, mas você deixa um legado: abre ruas e acaba com doenças, como a tuberculose e a hepatite. O teleférico tem que parar com chuva, tiroteio, funciona só até determinado horário… A rua vai estar lá sempre", acrescenta Martins.
Toledo explica ainda que seu projeto tinha previsto um sistema de cinco planos inclinados (elevadores) com várias estações, que articularia os becos da rocinha. "Eles seriam construídos a partir da estrutura criada para o saneamento básico. Não adianta botar infraestrutura só nos ramais do teleférico. E o resto, como fica?", argumenta. "De qualquer forma, os alargamentos das vias têm que ser feitos com muito cuidado, senão a Rocinha é destruída. Tem que ter muito bom senso".

"A questão é mais complexa"
A arquiteta Daniela Javoski, que trabalhou no plano diretor junto com Toledo e hoje, com o seu escritório ArquiTraço, participa das obras do PAC, possui uma visão diferente a respeito do saneamento básico. "A Rocinha tem uma infraestrutura macro, que são as principais vias. Nelas, se pode resolver de forma rápida a questão do saneamento". Essas obras "macro", diz ela, já estavam previstas no PAC 1 e no PAC 2. Além disso, argumenta, as obras do teleférico se aproveitariam da estrutura criada para a criação da rede de esgoto.
O problema é a infraestrutura micro, aquela que chega na casa da pessoa, segundo ela. "Não é apenas a questão do beco, é a forma como as casas estão construídas. E para que o saneamento chegue nesses lugares, você tem que tirar casa pra caramba!", explica. "O saneamento macro já resolveria grande parte do problema. Depois, é uma questão de fazer lotes de remoção para fazer o micro. É uma questão social muito delicada, um processo que pode durar 30 anos! Não é no PAC 1 ou 2 que vai resolver".












As obras na Rocinha do plano inclinado estão paradas. / Victor Moriyama
De qualquer forma, todos concordam em um ponto: falta vontade política para levar a cabo um plano a longo prazo para urbanizar e levar saneamento para a Rocinha, acabando com doenças como a tuberculose. "Insisto: não é o momento de teleférico. O momento, desde que eu me conheço por gente, é tapar as valas que existem. Precisamos abrir espaços, melhorar os caminhos. Há 58 anos que eu convivo com uma vala. Tudo depende da vontade política de fazer acontecer", diz a enfermeira Maria Helena.
(FONTE: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/03/politica/1441270863_849228.html).

terça-feira, 1 de setembro de 2015

AS FACES DA ÉTICA, por Frei Betto.

31 de agosto de 2015

“A unanimidade é burra”, já dizia Nelson Rodrigues. A diversidade é a base da democracia. Convém, entretanto, não confundir democracia com panaceia democrática.
A rigor, democracia é o governo do povo pelo povo. Temos governo, temos povo, mas não dispomos de mecanismos que fortaleçam o protagonismo político do povo. Nosso sistema democrático é viciado. Nós votamos, o poder econômico elege.

terça-feira, 16 de junho de 2015

AS RAÍZES DA BARBÁRIE

Por Sylvia Debossan Moretzsohn em 16/06/2015

A receita é conhecida: pega-se um crime especialmente chocante, destaca-se a notícia de modo a fazer parecer que se trata de uma situação recorrente, agita-se a ideia de impunidade e está criado o clima adequado para uma campanha. No caso, a campanha pela redução da maioridade penal, que sempre esteve latente e ganhou força desde que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda constitucional nesse sentido, em fim de março deste ano.
A bola da vez é a tortura e o estupro coletivo de quatro meninas em Castelo do Piauí, no interior daquele estado. Quatro menores de idade e um adulto estão presos, acusados do crime, ocorrido em 27 de maio. Depois de seviciadas, as meninas foram jogadas de um barranco. Uma delas morreria dias depois, outra ainda está internada, em estado grave.

A CAPTURA DO SISTEMA POLÍTICO

Claudius



por Silvio Caccia Bava

Para falar sobre a situação política atual no Brasil é preciso compreender algumas mudanças substantivas que ocorreram no passado recente e criaram as condições para o que chamo de captura do sistema político pelo poder econômico, o maior problema de nossa democracia.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

REJEIÇÃO NACIONAL OBRIGA MCDONALD'S A FECHAR LOJAS NA BOLÍVIA

Após 14 anos de presença no país, loja após loja sofreram déficits e fecharam as portas.  

Amary Nicolau, da Adital

Reprodução/Facebook
A população boliviana mostrou não acreditar na publicidade e no preparo rápido de alimentos. Apesar de preços convidativos oferecidos pela rede, o McDonald’s não conseguiu convencer os bolivianos a comerem seus BigMacs, McNuggets ou McRibs.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

NÓS VOTAMOS, ELES ELEGEM!

ESCRITO POR FREI BETTO
SEGUNDA, 01 DE JUNHO DE 2015

Haverá eleição presidencial nos EUA em 2016. Como no Brasil, lá também o povo vota, mas quem elege é o dinheiro.
Os pré-candidatos estadunidenses já paparicam os grandes doadores de campanhas: Sheldon Adelson, dono de cassinos, nos últimos 12 anos doou US$ 120 milhões aos republicanos; George Soros, especulador, US$ 44 milhões aos democratas. Os irmãos David e Charles Koch, do ramo petroquímico, se dispõem a arrecadar US$ 900 milhões para os republicanos; e tantos outros bilionários se mobilizam.

AS 14 PRINCIPAIS RAZÕES POR QUE A PETROBRAS DEVE SER A OPERADORA ÚNICA NO PRÉ-SAL

ESCRITO POR AEPET - ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS DA PETROBRAS
SEGUNDA, 01 DE JUNHO DE 2015

O senador José  Serra (PSDB-SP) apresentou o projeto de lei PLS 131-2015 que visa alterar a Lei 12.351 de 2010, conhecida como a lei da partilha do pé-sal, que estabelece a participação mínima de 30% da Petrobras no consórcio de exploração do pré-sal e a obrigatoriedade de que ela seja responsável pela “condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção” [1] [2] .

 A seguir são apresentados os principais motivos que justificam a manutenção da lei da partilha com a garantia da operação única pela Petrobras.

sábado, 30 de maio de 2015

SYRIZA E PODEMOS ESTÃO EM XEQUE!

SYRIZA E PODEMOS ESTÃO EM XEQUE
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras
sábado, 30 de maio de 2015
Boaventura de Sousa Santos
Escrevo de Atenas, onde me encontro a convite do Instituto Nicos Poulantzas para discutir os problemas e desafios que enfrentam os países do sul da Europa e as possíveis aprendizagens que se podem recolher de experiências inovadoras tanto na Europa como noutras regiões do mundo. Convergimos em que o que se vai passar nos próximos dias ou semanas nas negociações da Grécia com as instituições europeias e o FMI serão decisivas, não só para o povo grego, como para os povos do sul da Europa e para a Europa no seu conjunto.

sábado, 23 de maio de 2015

ALASCA E HAVAÍ QUEREM A INDEPENDÊNCIA EM RELAÇÃO AOS EUA

Foto: ativistas protestam pelo fim da ocupação estadunidense e a independência do Havaí.

Havaí (Diário Liberdade) – Os povos originários dos estados do Alasca e do Havaí reivindicam seu direito à autodeterminação e independência em relação aos Estados Unidos. Segundo eles, o governo estadunidense anexou ilegalmente esses dois territórios, violando tratados e leis internacionais, e atualmente suprime suas manifestações culturais e prejudica o meio ambiente.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O SONEGÔMETRO, A LAVANDERIA BRASIL E A ESQUIZOFRENIA FISCAL.

Subir juros que já habitavam a estratosfera, aumentar a carga tributária como se estivéssemos mais para Bélgica do que para Índia, encarecer tarifas de energia, combustíveis e mudar regras de benefícios sociais, como se a culpa de toda a desordem administrativa do país fosse dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

REGULAÇÃO DA MÍDIA

1.     CONCEITO DE REGULAÇÃO
A percepção contemporânea de que os meios de comunicação são instituições centrais para os regimes democráticos garantiu a esses meios, por parte dos Estados Nacionais, um conjunto de direitos especiais que têm sua mais importante expressão no direito à liberdade de imprensa. Por outro lado, esse mesmo reconhecimento e o fato de serem definidos como direitos especiais levaram os Estados Nacionais a estabelecerem um conjunto de regras que ressaltam os deveres da mídia em relação às nossas democracias. Trata-se da idéia de regulação da mídia.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

ACOMPANHE UMA SÉRIE DE TEXTOS SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO.


TEXTO I
RICARDO ANTUNES: ESPECTROS, FALÁCIAS E FALÉSIAS.
09/11/2013

Um espectro ronda o Brasil: o da terceirização total, não só das atividades-meio, como já existe, mas também das atividades-fim, como propõe o projeto de lei nº 4.330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO).
Sua justificativa é singela: "A empresa moderna tem de concentrar-se em seu negócio principal e na melhoria da qualidade do produto ou da prestação de serviço". Mas a propositura é eivada de falácias, como vamos indicar neste espaço.

terça-feira, 19 de maio de 2015

DESTRUIÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL

por Adriano Benayon

1. Foi muito divulgada esta asserção do professor Wanderley Guilherme dos Santos: "Depois de criado, o Estado liberal transforma-se no Estado em que a hegemonia burguesa não é seriamente desafiada. Trata-se de um Estado cuja intervenção em assuntos sociais e econômicos tem por fim garantir a operação do mercado como o mais importante mecanismo de extração e alocação de valores e bens".

2. Esse cientista político destaca a óbvia natureza intervencionista (não admitida) do Estado dito liberal, sem, porém, propor uma denominação que saia dessa contradição em termos.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

MAIS MÉDICOS: BRASILEIROS PREENCHERAM 100% DAS VAGAS DO ÚLTIMO EDITAL

A adesão desses profissionais vai garantir assistência a 63 milhões de brasileiros que antes não contavam com médicos em unidades básicas de saúde. 

Por Paula Laboissière - Da Agência Brasil, em 5/05/2015
 
Profissionais brasileiros com diploma no exterior preencheram todas as 387 vagas remanescentes do atual edital do Programa Mais Médicos. Com isso, 100% da demanda dos municípios foi atendida sem a necessidade de convocar profissionais estrangeiros. As informações foram divulgadas hoje (14) pelo Ministério da Saúde.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

DOIS DESTINOS

Durante várias semanas, uma parte da mídia internacional e a mídia colonizada brasileira fizeram o maior estardalhaço para anunciar o nascimento  da segunda filha do príncipe William e de sua mulher, Kate Middleton, nascida no sábado (2).
A TV Globo, com o seu complexo de vira-latas, deu longuíssimos minutos à notícia. Contra esta bajulação servil, que contagia centenas de telespectadores embasbacados, vale a pena ler e reler a magistral coluna do escritor Luis Fernando Veríssimo, publicada nesta quinta-feira, dia 7 de maio.

 

sábado, 25 de abril de 2015

"GLOBO 50 ANOS - O QUE COMEMORAR?"


“A GLOBO É A RESPONSÁVEL PELO NÃO APROFUNDAMENTO DA DEMOCRACIA NO BRASIL”

ENTREVISTA COM LAURINDO LALO LEAL FILHO, PROFESSOR DA USP.
Por Rafael Tatemoto

Laurindo Lalo Leal Filho é professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Seu principal objeto de estudo tem sido a análise de políticas públicas de comunicação, em especial para a televisão. Publicou, entre outros, os livros “Atrás das Câmeras: relações entre Estado, Cultura e Televisão” e “A melhor TV do mundo: o modelo britânico de televisão”. Hoje, apresenta o programa VerTv, exibido pela TV Brasil e é colunista do site Carta Maior.
Nessa entrevista para o Brasil de Fato, parte da cobertura especial “Globo 50 anos – O que comemorar?”, Laurindo falou sobre a história da emissora, os interesses que ela representa e como sua atuação se torna um obstáculo à ampliação da liberdade de expressão em nosso país.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

SOU PROFESSORA. ESTOU EM GREVE. E EXPLICO O PORQUÊ!

Data: 23 abr 2015


Fotos Mídia Ninja

Sou professora do Estado de SP desde 2009. E já mergulhei na divisão em “categorias”. Entrei como “categoria L”, ou seja, não-concursada, e pegava apenas aulas que “sobravam” dos efetivos.
Essa categoria não existe mais, foi substituída pela “categoria O”, onde está a maioria dos contratados. A categoria “O” é o que há de mais precário na rede: só pode ter duas faltas por ano, não tem direito a usar a assistência médica do estado (Iamspe), não tem direito à aposentadoria profissional (SPPrev), após um ano de contrato deve cumprir “geladeira” por 40 dias, e após dois anos de contrato deve cumprir a “duzentena” (200 dias sem poder pegar aula, ou seja, quase um ano forçadamente desempregado). Nessa situação de “O”, estão “só” cerca de 50 mil professores da rede estadual. Como alguns colegas me disseram: para o governo, “somos uma sopa de letrinhas”.
Está bom ou quer mais? Tem mais.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

DEPUTADOS PIAUIENSES QUE VOTARAM A FAVOR DA TERCEIRIZAÇÃO




















A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira 22, por 230 votos a favor e 203 contra, emenda aglutinativa alterando alguns pontos do projeto que regulamenta a terceirização, o PL 4.330/04. A emenda manteve no texto-base a possibilidade de terceirizar a atividade-fim, o que permite que empresas possam subcontratar para todos seus setores de atividade.